31.5.13

o ontem aconteceu e continuamos chorando debruçados sobre ele.
quando percebermos já será o amanhã. o amanhã virá, o amanhã está desmoronando sobre nossas cabeças enquanto choramos debruçados sobre o ontem. a figura do nosso hoje é uma confusão, um caos cronológico entre passados, presentes desembrulhados, sem futuros.
a vida, essa linha imaginária onde tentamos organizar o caos cronológico, a minha vida, a vida que eu tinha imaginado pra mim, eu estraguei. a única vida que me parecia passível de felicidade. me desculpe por mais isso também. depois da tormenta, sempre dizem que vem a calmaria. e eu nunca estive preparada pra calmaria. talvez seja isso, talvez eu pare de errar tanto se aceitar a calma. se aceitar os dias de sol comendo bergamota e tomando chimarrão sentada na grama, sem ficar esperando que o telefone toque e que seja você do outro lado. talvez eu deva deixar de te esperar. la la love you.

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