escrito em 14.01.2010
você chegou de surpresa na minha casa. não tínhamos combinado nada, mas eu fiquei feliz em te ver, estava precisando de alguém em quem me apoiar nas madrugadas quentes. e poderemos passear de mãos dadas pela redenção de tarde e tomar café de manhã na padaria em frente. eu te levaria ao meu lugar preferido na cidade e você fotografaria cada canto e aquele se tornaria o seu lugar preferido de porto alegre também.
você entrou e eu ofereci o chá que estava preparando. tudo foi muito natural entre nós, você logo começou a brincar com os meus gatos e em menos de cinco minutos dentro de casa já tinha um arranhão e sangue nas costas das mãos. te apontei o banheiro, a cinco passos, passei bicarbonato na sua mão e fomos tomar o chá. sentados no chão, com as costas apoiadas no sofá, você me contou do seu vizinho de poltrona do avião e eu morri de rir, então você disse que meu sorriso era lindo e o clima ficou estranho. você pediu desculpas e falou que iria embora na segunda. eu entristeci com a notícia de sua volta, gostava de dividir meu tempo com você: concluí isso em menos de dez minutos.
te olhei, tão lindo, de uma beleza tão ordinária. você me abriu os braços e eu deitei no seu abraço. ficamos assim, conversando, até anoitecer e a fome nos obrigar a levantar. comemos a pizza congelada que eu tinha na geladeira entre muitas risadas e longos olhares tristes. você se ofereceu para lavar a louça e eu aceitei, enquanto eu ia no banheiro escovar os dentes.
quando voltei você tinha terminado com a louça e dormia, deitado no sofá. me abaixei e fiquei ali observando você dormir. eu estava desejando que algo acontecesse e te forçasse a ficar aqui pra sempre quando você gritou e me assustou e me abraçou, me consolando. internamente xinguei-o tanto por fingir que dormia... mas gostei de ser consolada. você me fez deitar também, mas não cabíamos os dois naquele sofá, por isso deitei quase em cima de você. sentia seu corpo com o meu, suas pernas magras, seus músculos se contraindo, seu peito que não era malhado, mas era forte, seus braços em volta de mim. me sentia tão bem dentro da circunferência dos seus braços, tão em paz. precisava que meus dedos tocassem esse corpo que estava colado em mim para sabê-lo real e te disse isso. você resolveu calar. eu sabia por quê. toquei. timidamente encostei minha mão direita em seu peito, à altura do estômago, e deslizei-a pra cima, sentindo levemente o roçar da camiseta com meus dedos, percorri alguns milímetros dessa forma, mas meu coração pulava e meu corpo pedia mais, muito mais. apertei, esfreguei, me deti na boca: de leve passei um dedo ao redor dos lábios, depois dois, até que você me pediu que parasse, nossos corpos suavam, a temperatura certamente havia subido e era melhor irmos dormir.
você não fez objeções quando sugeri que dormíssemos juntos na minha cama, eu sabia que seria quase impossível dormir naquela noite. sabê-lo adormecido ao meu lado não estava nos meus planos e me pareceu muitíssimo interessante. me despi na sua frente e vesti uma camiseta velha, você achou graça. mandei-o pro banho, arrumei nossa cama - arrepios - e deitei em posição fetal, pensando na efemeridade do meu fim de semana. quando acordei passava das quatro da manhã, eu continuava em posição fetal. você não tentou me tocar. dormia ao meu lado e o cd ainda rolava no rádio - my funny valentine. passei a mão em seu rosto lisinho e dei leves beijinhos nos seus lábios pra não te acordar.
levantei, a janela estava aberta e da rua não vinha nenhum ruído. fumei 2 cigarros na janela. a rua da praia continuava linda sob a luz da madrugada. você se mexeu na cama e voltou à mesma posição. fechei as cortinas e deitei ao seu lado, pertinho, coloquei uma de suas mãos sobre a minha cintura, você parecia tão frágil, meu bem... adormeci de novo, respirando o mesmo ar que você. acordei pouco antes das oito e fui fazer um café, tomei assistindo à tv e a moça do tempo nos prometeu um fim de semana ensolarado. olhei pra minha casa e tudo parecia estar fora do lugar, embora a casa estivesse arrumada. resolvi ir pro banho, lavar a cabeça na água fria e ver se os pensamentos esfriavam também ou, com sorte, voltavam pro lugar.
você dormiu quase a manhã toda. levantou de cuecas, me beijou na bochecha, tomou o café frio que eu havia feito antes, comeu a pizza aquecida no microondas e está deitado no sofá com os gatos, lendo a zero hora enquanto eu escrevo isto no computador. agora você me perguntou ali do sofá o que estou fazendo, minto que estou no msn com uma amiga. você me convida a escolher um restaurante bacana pra irmos almoçar. eu aceito.
você chegou de surpresa na minha casa. não tínhamos combinado nada, mas eu fiquei feliz em te ver, estava precisando de alguém em quem me apoiar nas madrugadas quentes. e poderemos passear de mãos dadas pela redenção de tarde e tomar café de manhã na padaria em frente. eu te levaria ao meu lugar preferido na cidade e você fotografaria cada canto e aquele se tornaria o seu lugar preferido de porto alegre também.
você entrou e eu ofereci o chá que estava preparando. tudo foi muito natural entre nós, você logo começou a brincar com os meus gatos e em menos de cinco minutos dentro de casa já tinha um arranhão e sangue nas costas das mãos. te apontei o banheiro, a cinco passos, passei bicarbonato na sua mão e fomos tomar o chá. sentados no chão, com as costas apoiadas no sofá, você me contou do seu vizinho de poltrona do avião e eu morri de rir, então você disse que meu sorriso era lindo e o clima ficou estranho. você pediu desculpas e falou que iria embora na segunda. eu entristeci com a notícia de sua volta, gostava de dividir meu tempo com você: concluí isso em menos de dez minutos.
te olhei, tão lindo, de uma beleza tão ordinária. você me abriu os braços e eu deitei no seu abraço. ficamos assim, conversando, até anoitecer e a fome nos obrigar a levantar. comemos a pizza congelada que eu tinha na geladeira entre muitas risadas e longos olhares tristes. você se ofereceu para lavar a louça e eu aceitei, enquanto eu ia no banheiro escovar os dentes.
quando voltei você tinha terminado com a louça e dormia, deitado no sofá. me abaixei e fiquei ali observando você dormir. eu estava desejando que algo acontecesse e te forçasse a ficar aqui pra sempre quando você gritou e me assustou e me abraçou, me consolando. internamente xinguei-o tanto por fingir que dormia... mas gostei de ser consolada. você me fez deitar também, mas não cabíamos os dois naquele sofá, por isso deitei quase em cima de você. sentia seu corpo com o meu, suas pernas magras, seus músculos se contraindo, seu peito que não era malhado, mas era forte, seus braços em volta de mim. me sentia tão bem dentro da circunferência dos seus braços, tão em paz. precisava que meus dedos tocassem esse corpo que estava colado em mim para sabê-lo real e te disse isso. você resolveu calar. eu sabia por quê. toquei. timidamente encostei minha mão direita em seu peito, à altura do estômago, e deslizei-a pra cima, sentindo levemente o roçar da camiseta com meus dedos, percorri alguns milímetros dessa forma, mas meu coração pulava e meu corpo pedia mais, muito mais. apertei, esfreguei, me deti na boca: de leve passei um dedo ao redor dos lábios, depois dois, até que você me pediu que parasse, nossos corpos suavam, a temperatura certamente havia subido e era melhor irmos dormir.
você não fez objeções quando sugeri que dormíssemos juntos na minha cama, eu sabia que seria quase impossível dormir naquela noite. sabê-lo adormecido ao meu lado não estava nos meus planos e me pareceu muitíssimo interessante. me despi na sua frente e vesti uma camiseta velha, você achou graça. mandei-o pro banho, arrumei nossa cama - arrepios - e deitei em posição fetal, pensando na efemeridade do meu fim de semana. quando acordei passava das quatro da manhã, eu continuava em posição fetal. você não tentou me tocar. dormia ao meu lado e o cd ainda rolava no rádio - my funny valentine. passei a mão em seu rosto lisinho e dei leves beijinhos nos seus lábios pra não te acordar.
levantei, a janela estava aberta e da rua não vinha nenhum ruído. fumei 2 cigarros na janela. a rua da praia continuava linda sob a luz da madrugada. você se mexeu na cama e voltou à mesma posição. fechei as cortinas e deitei ao seu lado, pertinho, coloquei uma de suas mãos sobre a minha cintura, você parecia tão frágil, meu bem... adormeci de novo, respirando o mesmo ar que você. acordei pouco antes das oito e fui fazer um café, tomei assistindo à tv e a moça do tempo nos prometeu um fim de semana ensolarado. olhei pra minha casa e tudo parecia estar fora do lugar, embora a casa estivesse arrumada. resolvi ir pro banho, lavar a cabeça na água fria e ver se os pensamentos esfriavam também ou, com sorte, voltavam pro lugar.
você dormiu quase a manhã toda. levantou de cuecas, me beijou na bochecha, tomou o café frio que eu havia feito antes, comeu a pizza aquecida no microondas e está deitado no sofá com os gatos, lendo a zero hora enquanto eu escrevo isto no computador. agora você me perguntou ali do sofá o que estou fazendo, minto que estou no msn com uma amiga. você me convida a escolher um restaurante bacana pra irmos almoçar. eu aceito.
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