19.12.11

Será que eu nunca vou esquecer você? Você, sim, você mesmo. Você, que sempre sabe quando o você é você. Será que você ainda me lê? Pensa em mim? Quando eu acho que já consigo lidar bem com a sua lembrança eu me deparo com uma situação nova. Uma situação que me mostra que esse assunto ainda é latente, que eu ainda sofro, que eu ainda tenho essa ferida aberta no peito. Quando eu acho que posso enfim seguir em frente, vem a vida e me arrasta de volta ao passado. Dia desses eu decidi que ia me vestir com as roupas que eu usava em 2008 e com a mesma maquiagem e o mesmo perfume. Eu me desfiz, na época, de quase todas as roupas que eu usava porque sempre que eu as vestia eu sentia que estava me preparando pra você. Mas as poucas que sobraram me fizeram sentir de novo que você estava lá. Ou melhor, aqui, dentro de mim, de onde você nunca saiu e parece que não vai sair tão cedo. E agora isso, essa substituta de mim, essa pobre segunda vítima. Quantas mais? Quantas antes? É por esporte que você faz isso? É por necessicidade (doença)? Ou foi uma tentativa absurda de substituição? Todas as hipóteses são horríveis. Inaceitáveis. Quase imperdoáveis. Tristes...

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