14.1.10

(ao som de still loving you)


troquei o rock de algumas semanas atrás pelo jazz, pela música clássica. estou introspectiva, me afundando cada vez mais nas linhas desregradas e venenosas, mas sagradas, de caio, de clarice, de hilda, de virginia, silvia, drummond, quintana, meus amados. voltando no tempo e chorando com scorpions. é, eu confesso. ele ri de mim e diz que sou boba, uma boba, é assim que ele diz, você é uma boba. mas diz rindo, como se gostasse, é isso, ele gosta que eu seja uma boba. vejam no que eu me tornei depois de todo esse tempo: uma boba. não sei se choro mais pela música is there really no chance to start once again? I'm loving you ou por ele gostar que eu seja uma boba e cada vez mais me torno isso mesmo. estou gay, muito gay hoje. eu ando assim, triste, sozinha e gay. mesmo com ele, mesmo com toda essa gente que insiste em ficar em porto alegre no verão, ainda assim me sinto sozinha. me sinto sozinha dentro de mim. me falta alguma coisa muito importante e então escrevo. nem preciso mais contar o que me aconteceu nesses meses todos em que estive fora, é só vocês concluirem o que quiserem disso que acabo que dizer: estou triste, sozinha e sou uma boba. e isso é tudo o que restou de mim. e é o mais importante. fim.

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